As mudanças climáticas e seus efeitos, já são vividos e trazem consequências que podem ser graves a diferentes profissões e segmentos empresariais caso permaneçam na negação. Ao permanecer fora da agenda de sustentabilidade, o negócio gera insegurança e má reputação e afugenta investidores e clientes (duas fontes de receita).

“Agenda ESG, quando correlacionada aos ODSs da Agenda 2030, pode ser uma ferramenta poderosa para mitigação e adaptação aos riscos que o aquecimento global traz para os negócios, para as pessoas e para o planeta. E isso, de forma inovadora, criativa, colaborativa e estratégica. Vale lembrar, que a mudança profunda e o engajamento das partes envolvidas são mais importantes do que comunicar a adesão de uma agenda. Os resultados efetivos de uma Gestão ESG na organização, são obtidos com análise e revisão dos processos e engajamento de todos, desde a alta administração a operação em si” firma a co-fundadora da Impacta Consultoria de Sustentabilidade e consultora ESG, Aline Fernandes.

Assumir metas e compromissos socioambientais envolvendo a cadeia de valor do negócio é prestar contas à sociedade e construir valor para a marca. Entretanto, não é uma decisão fácil e os desafios são muitos. O fato é que estamos todos em transição e essa jornada ESG precisa começar de algum jeito. Independente do porte, Agenda ESG é para toda empresa que queira ter longevidade e perenidade.
Identificar e reconhecer os danos e perdas que o negócio provoca ou pode provocar, na sociedade e no meio, só por existir, é responsabilidade de cada marca. Estes são impactos da atividade aos quais a empresa deve listar, conhecer, tratar, reduzir e até prevenir. Podemos citar como exemplos: poluição com efluentes, desperdício de alimentos, alta geração de lixo, uso excessivo de recursos naturais, lançamento de GEEs (gases de efeito estufa) para atmosfera entre outros, a depender da natureza do negócio.

“Avaliar qual a demanda de recursos naturais da atividade, quanto gera de resíduos e como dá destinação para eles, são algumas questões que devem ser levantadas. Como a atividade interfere na vida de todo ecossistema, negativa e positivamente? Esta análise vai trazer uma visão holística e sistêmica de todas as partes interessadas, podendo traçar metas e elaborar um plano de ação.”

Finaliza Aline Fernandes.