Luciana Dantas é Gerente de Eventos e Patrocínios na Amil. Produtora Cultural de formação, com pós-graduação em Marketing, Comunicação, Eventos, Psicologia Positiva e Desenvolvimento Humano Integral, atua há mais de 20 anos no mercado de marketing e eventos, como empresária, produtora, professora e gestora.
Atualmente está como vice-presidente da ALAGEV (Associação Latino Americana de Gestão de Eventos e Viagens Corporativas) e membro do board da MPI (Meeting Professionals International). Ama eventos e pessoas!
Inteligência Artificial é o assunto do momento. Todos os dias somos impactados por novos aplicativos que prometem resolver a nossa vida. Tem uns que pesquisam, outros que escrevem textos, outros que fazem comunicação… e isso é ótimo! A tecnologia vem a nosso serviço, para facilitar o nosso dia-a-dia e nos permitir focar naquilo que precisamos. Alguns possuem resistência ao novo, ou por medo de perderem seus empregos para os robôs ou por não acreditarem na real eficácia dessas novas tecnologias.
A grande questão é que não há como fugir, todos passamos por constantes transformações ao longo da vida profissional, alguns que atuam hoje no mercado de trabalho já precisaram usar máquinas de escrever, passar fax, trabalharam quando não havia celulares! Quem tem mais de 40 anos como eu, já produziu eventos sem computador ou com um computador por equipe. Estamos sempre nos adaptando ao novo, e quando falamos de adaptação e resiliência o profissional de eventos e, principalmente o profissional de eventos no Brasil dá aula!
O setor de eventos foi um dos mais impactados pela pandemia, muitos colegas perderam seus empregos, outros migraram de área e o fato é que as equipes de eventos reduziram de tamanho, os recursos estão mais escassos, sejam os recursos humanos, sejam os financeiros. Possuir ferramentas que nos apoiem nas tarefas diárias é oportuno, pense nisso!
Porém, na contramão desse tema vemos uma avalanche de notícias, palestras e cursos sobre Soft Skills, que são habilidades comportamentais como inteligência emocional, comunicação, adaptabilidade, empatia e integridade. Nunca foi tão importante desenvolvermos o que temos de humano em nós.
Recentemente tive a oportunidade de participar do WEC (World Education Congress) organizado pela MPI, evento com foco em MICE que reúne profissionais de eventos de todo o mundo.
O conteúdo sobre tendências e tecnologias estava presente, mas não superou temas como ESG, Protagonismo, Integridade, Diversidade e Inclusão. A maioria das sessões possuiu atividades de integração ou de meditação e respiração. À medida em que que ampliamos nosso conhecimento técnico ou temos mais ferramentas disponíveis, mais precisamos nos conectar com nós mesmos e com o outro.
Seu trabalho, independente de qual seja a sua área, existe para atender a necessidade de alguém. Fazemos eventos para promover diversão, difundir conhecimento, fortalecer relações, reconhecer talentos, ajudar empresas a venderem produtos e serviços, entre tantas finalidades. Todas elas têm em comum o foco principal: PESSOAS. Não entender de pessoas nos torna profissionais incompletos.
Nós não vamos perder nossos empregos para as máquinas, mas podemos trabalhar muito melhor com o apoio delas, portanto comece! Se antecipe, pesquise, aprenda, tenha curiosidade, deixe para as máquinas o que elas podem assumir e foque naquilo que só você pode fazer, ser cada vez mais humano.