Hub ESG desenvolvido pela Alagev é resposta do setor de eventos e viagens corporativos às urgências socioambientais.

(Alagev), criada para impulsionar os negócios e as melhores práticas do setor há 20 anos (completamos 20 anos em 2023!), é uma das principais entidades atentas a esse fato e desenvolveu um hub de conhecimento e promoção das diretrizes mais comuns sob a sigla ESG, para gestores do setor em todos os estágios de desenvolvimento de suas empresas. O objetivo é colocar o tema na pauta do segmento, para que a responsabilidade socioambiental se amplie e gere um círculo de excelência e transformação. As informações disponibilizadas pela Associação podem ser acessadas e baixadas gratuitamente disponibilizadas pela ALAGEV, em forma de guia, a partir do link hubesg.alagev.org. O conteúdo é didático e acessível, para que organizações de qualquer porte e nível de maturidade possam acessar. O site também reúne as práticas ESG da entidade.

Uma ação importante para que o setor se conscientize da necessidade de mudança de comportamento em relação ao seu impacto socioambiental também aconteceu este ano, durante a 18ª edição do Latin American Community for Travel and Events Experience – LACTE, um dos eventos mais importantes do segmento, promovido pela Alagev. Com aproximadamente 1300 participantes, o (LACTE) teve como tema principal o combate ao racismo, além do lançamento do primeiro relatório ESG do evento, mostrando todas as práticas responsáveis da Alagev para minimizar os impactos do encontro no meio ambiente e beneficiar a comunidade.

Com a responsabilidade posta em prática e as métricas sob consulta, a Associação deu exemplo de atitude e transparência: inventariou a emissão de gases de efeito estufa do LACTE, calculando emissão de CO2 50% menor em relação ao evento anterior. Também aferiu a redução de 90% no descarte de garrafas e copos plásticos em relação a outras edições, com zero desperdício de água, entre outros resultados.

PASSO A PASSO

Mas por onde começar? perguntam-se empresas e gestores do setor. “É preciso, por exemplo, colocar o tema na pauta dos objetivos da área de viagens e eventos, para que de fato exista um movimento, porque isso não é só bonito, tem que falar mais a respeito, fazer uma boa comunicação e começar a tentar de alguma forma gerar a métrica e as regras”, entende Juliana Patti, Head Regional de Gestão de Eventos e Divulgação na Bayer e atual Presidente da Alagev. Sua preocupação é institucionalizar as melhores práticas, certa de que o setor está, ainda, apenas despertando para a questão. “Pode-se elencar cinco diretrizes para não se abrir mão no seu evento daqui para frente. Uma regra dentro da empresa para, de fato, as pessoas cumprirem e você ganhar esse espaço de conscientização”, exemplifica a executiva.

Um caminho é estabelecer quais dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODSs) da ONU é possível seguir, e em quais etapas do evento ou viagem devem ser mensurados, avaliando, também, a participação de cada envolvido em seu cumprimento. Assim é possível calcular, em um percentual aproximado, quanto a atividade segue em conformidade com as diretrizes socioambientais globais. Segundo Luciana Dantas, vice-presidente Alagev, mesmo para as empresas menos maduras em relação ao tema, é possível que os gestores de eventos e viagens sejam protagonistas. “Nem todas as empresas praticam o ESG e muitos gestores sentem dificuldade em pôr ações em prática, porém é possível começar com pequenos passos. A escolha de fornecedores que tenham boas práticas, o planejamento da viagem ou da logística visando menos resíduos, a substituição das garrafinhas plásticas por bebedouros, uma atuação ética junto aos pares, são alguns exemplos simples do que pode ser feito.”, destaca a executiva sobre o que deve ser o papel dos profissionais de eventos nas empresas onde atuam. Não se trata, portanto, de tendência, entende, por sua vez, a diretora executiva da Alagev, Giovana Januzzelli, “Trata-se de mostrar um cronograma de evolução para o mundo ideal. E esse mundo ideal, ele provavelmente não vai ter fim, porque o ESG é muito ongoing – são diversas ações e elas evoluem.” Tendências, na verdade, serão sempre os melhores insights gerados pelas empresas no cumprimento de uma agenda social e ambientalmente responsável.